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Retrato Triste

Exaustão e Culpa

Escrito por João Vitor 

Além da Maternidade: O Desgaste Emocional e a Luta das Mães de Crianças com TEA por Apoio e Inclusão
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Os passageiros de ônibus

A maternidade já é, por si só, uma jornada repleta de desafios. No entanto, para as mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), as exigências são ainda maiores, com demandas específicas que incluem terapias constantes e cuidados diários. Essas mulheres frequentemente enfrentam uma rotina de sobrecarga e desgaste emocional. 

Disputa família

A falta de apoio social e governamental adequado agrava ainda mais a situação, levando a sintomas de exaustão emocional e impactos significativos na saúde mental. A dificuldade em encontrar tempo para cuidar de si mesmas e manter relacionamentos afetivos reforça o sentimento de solidão e impotência.

Além do estresse físico e emocional, a culpa é um sentimento recorrente entre essas mães. Pesquisa da Genial Care - Rede de Cuidado de Saúde Atípica aponta que 36% dos pais de crianças com TEA se sentem culpados pelo diagnóstico, sendo 89% desse grupo composto por mulheres. Este dado reflete o peso social historicamente atribuído às mães, que muitas vezes assumem para si a responsabilidade pelas condições de seus filhos, embora as causas do autismo não estejam relacionadas ao comportamento parental.

Image by Dark Light2021

A sobrecarga emocional dessas mães tem consequências graves para a saúde mental, com um aumento significativo no risco de depressão e ansiedade, muitas vezes exigindo acompanhamento psicológico. Além disso, as preocupações sobre o futuro de seus filhos aumentam ainda mais a pressão no cotidiano.

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Estima-se que 1 em cada 36 crianças no mundo seja diagnosticada com TEA, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC). No Brasil, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 2 milhões de pessoas convivem com o transtorno. A condição, caracterizada por dificuldades de comunicação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos, pode variar em intensidade.

 

Embora as causas do TEA não sejam totalmente compreendidas, sabe-se que ele é influenciado por fatores genéticos e ambientais, mas não está relacionado à forma de criação dos filhos.

O diagnóstico precoce é crucial para melhorar a qualidade de vida por meio de intervenções específicas, como a terapia ABA (Análise Comportamental Aplicada), fonoaudiologia e acompanhamento ocupacional. No entanto, no Brasil,  devido à insuficiência de recursos no sistema público de saúde crianças com TEA são diretamente afetadas.

Image by Luan de Oliveira Silva

Isso destaca a necessidade urgente de maior conscientização e políticas públicas que promovam a inclusão e o suporte necessário para as famílias de crianças com TEA

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